Vamos cuidar da nossa casa corretamente?


Everde , , , No Comments

O escritor Nelson Pascarelli Filho diz que “o lixo é invenção humana, portanto um problema de todos. Ninguém joga o lixo fora, pois não existe o fora, o meio ambiente é um sistema fechado, integrado e acabamos por mudar o lixo de lugar”.

Será que pensamos assim? Talvez tenhamos de nos fazer algumas perguntas básicas para entendermos a urgência da mudança de nossos hábitos. E dessa forma agregar e disseminar outros valores: de pais para filhos, de filhos para pais, de escola para família, de família para comunidade, e assim por diante. Para tanto, que tal mudarmos o conceito de des-envolvimento e partirmos para o envolvimento sustentável?

Onde eu moro?

Pensando que moramos numa casa / apartamento, num bairro, numa cidade, num país e, claro, no mundo. Descobrimos, então, que moramos no Planeta Terra.

E o que fazer com essa informação? Agir! E podemos começar pelo local que intitulamos residência.

A iniciativa de não misturar o lixo, despejar gordura na pia, dosar o tempo de banho, desligar aparelhos em desuso ou em stand by, juntar mais roupas para uma lavagem completa na máquina, não lavar a calçada com a mangueira, reaproveitar a água da chuva ou da própria máquina, rever a necessidade de consumo com embalagens plásticas e isopor, usar sacolas ecológicas ou carrinhos, são medidas simples que não nos custam nada, ajudam na economia doméstica, na reeducação familiar e mais: auxiliam na mudança positiva que desejamos deixar, ver, sentir e ter.

Outro exemplo simples: você já parou para pensar o que pode causar uma básica e inocente pilha? Sabe de seu conteúdo e o que pode ser feito dela?

Pois bem, aquelas pilhas, baterias de carro, baterias de relógio, celulares, laptops ou de alguns outros materiais eletrônicos, que parecem inofensivas, contêm metais pesados e altamente contaminantes, tais como: dióxido de manganês, cloreto de amônio e cloreto de zinco, óxido de mercúrio, cádmio e dióxido de níquel, lítio, ácido sulfúrico, chumbo, dentre outros. Seu grau de toxidade é imenso e extremamente danoso ao meio em que vivemos, o Meio Ambiente. Em muitos casos, visualizamos esse gigante problema como lixo comum. Tal erro é uma fatalidade generalizada, visto que o chorume produzido por esses materiais é absorvido pelo solo sobre o qual pisamos, plantamos, colhemos, consumimos e abaixo do qual correm os lençóis freáticos que nos mantêm abastecidos com água. Sem contar rios e lagos.

Então o que fazer?

Procure uma farmácia, banco, escola, comércio ou ponto de coleta em seu prédio ou em seu bairro e faça o descarte corretamente. Guarde pilhas e baterias dentro de uma caixinha de papelão forrada com plástico e, assim que puder, descarte-as no local correto. Quando comprar pilhas, prefira as recarregáveis. Claro que não é a solução, mas diminui a quantidade de pilhas comuns descartadas.
Tais materiais, se descartados corretamente, terão seus metais pesados reutilizados para produzir tinta de parede, de azulejo e cerâmicas. A carcaça é enviada às empresas de reciclagem. Atitudes como essa diminuem a retirada de metais da Terra, a exploração de minérios e o impacto do lixo sobre a vida, gera empregos e a satisfação de estar auxiliando na arrumação da Casa.

E se fizéssemos também uma força-tarefa com as crianças? Elas aprendem com facilidade e normalmente, têm muito prazer em ajudar e realizar. Gostam ainda de ensinar aos adultos que o meio ambiente deve ser respeitado para garantir a elas um futuro com água, solo e ar limpos e condições de vida adequadas para a sobrevivência; com justiça social e igualitária. E nós, como adultos, temos como missão contribuir com valores essenciais para a construção de um cidadão íntegro, solidário e justo.

Para não ficarmos mudando o lixo de lugar, acreditando que estamos fazendo nossa parte, poderíamos ter um só pensamento e abrirmos a mente para trabalhar o social, o ecológico e o econômico com uma visão do todo, pois moramos na mesma casa. A Terra é nosso teto maior. Pensando global e agindo localmente, vamos tecendo a teia que auxilia a minimizar o impacto de nossas ações sobre na Natureza. Sinta e veja que Ela tem tentado nos mostrar.

Como disse Mário Quintana, “Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas”.

Tomara que mudemos a tempo, tomando iniciativas após ler.

Dicas verdinhas em folha:

O que fazer com diversos produtos.

Alguns cursos voltados à educação ambiental e à vida sustentável.

Cursos e atividades gratuitas no parque do Ibirapuera.

Alimentação saudável, sem agrotóxico e com produtos orgânicos – não transgênicos.