“Qualquer livro discreto é um amigo que aconselha e repreende em segredo.” (Lope de Vega)


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Escritor espanhol, Félix Lope de Vega y Carpio, embora tenha sido ordenado sacerdote, continua a seguir a vida mundana, tendo amores e filhos; nos seus últimos anos, dividido entre o pecado e o arrependimento, produz os mais apaixonados e sinceros poemas religiosos do século xvii. Porém, mais do que um lírico excepcional, Lope de Vega é um dos maiores dramaturgos do seu tempo. A sua obra teatral é impressionante: escreve cerca de mil e quinhentas obras, das quais se conservam aproximadamente trezentas e cinquenta peças de atribuição segura. Tenta-se dividir este enorme espólio em diversas categorias: de tema religioso (Barlaam y Josafat), de assunto mitológico e pastoril (Adonis y Venus, El laberinto de Creta), comédias históricas, quer de história antiga, quer de história nacional, comédias novelescas (El castigo sin venganza) e comédias de costumes (La dama boba, El acero de Madrid).

Um dos grandes méritos de Lope de Vega é a definição da comédia, tal como a enuncia na sua obra El Arte nuevo de hacer comedias en este tiempo. A comédia tem três atos, métrica variada e ação complexa. Serve-se do recurso cômico ou “gracioso” para se inspirar na tradição épica, religiosa e popular. Exalta com frequência o sentido de honra do povo. Na comédia lopesca conta mais a ação do que a descrição dos caracteres: as cenas e as situações críticas sucedem-se rapidamente, o que provoca uma sensação de brilhantismo e de variedade.

Fonte: (vidaslusofonas.pt)